País atingiu os 5 GW na geração fotovoltaica centralizada poucos dias após a geração distribuída chegar a 10 GW.
O Brasil ultrapassou a marca de 15 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica, mostram dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O número foi atingido após a geração centralizada, segmento de usinas de grande porte, ter somado 5 GW. A modalidade geração distribuída (GD), composta por sistemas de médio e pequeno portes instalados em telhados, fachadas e terrenos, chegou a 10 GW no início de abril.
Conforme a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a fonte já trouxe ao País mais de R$ 78,5 bilhões em novos investimentos, R$ 21,7 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 450 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 20,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
A entidade espera um crescimento acelerado este ano no mercado de GD, em decorrência sobretudo da entrada em vigor da Lei n° 14.300/2022, que criou o marco legal do segmento.
“Trata-se do melhor momento para se investir em energia solar, justamente pelo período de transição previsto na lei, que garante até 2045 a manutenção das regras atuais aos consumidores que instalarem um sistema solar no telhado até janeiro de 2023”, explicou o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk.
Maior representatividade na matriz elétrica
Com os 15 GW, a fonte solar ocupa o quinto lugar na matriz elétrica brasileira. A tecnologia já ultrapassou a potência instalada de termelétricas movidas a petróleo e outros combustíveis fósseis na matriz elétrica brasileira.
O CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, afirmou que a fonte solar ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população.
“As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, assinalou o dirigente.